Para começar a falar em economizar, precisamos entender um pouco sobre o sentido de economia | controle ou moderação das despesas; poupança.
ECONOMIA
- Ciência que estuda os fenômenos relacionados com a obtenção e a utilização dos recursos materiais necessários ao bem-estar.
- Ausência de desperdícios ou excessos, comedimento no consumo, no uso ou na realização de algo. Gastar ou utilizar com moderação, administrar com aproveitamento eficiente de recursos.
- Modo como se distribuem e se coordenam os diversos elementos de um todo; organização, estrutura.
Um dos fatores do sucesso para qualquer empreendimento é cuidar bem, e muito bem, das finanças. Qualquer empreendimento pode sofrer sucessivas crises ou nunca decolar se não der atenção adequada para os números envolvidos no negócio seja de forma direta ou indireta.
Ter um bom fluxo de caixa que permita honrar com seus compromissos sempre em dia, é apenas um dos elementos que compõem o processo de uma boa economia. É preciso ter também ter uma boa visão de futuro e da ocorrência de imprevistos. Ser atropelado por momentos de instabilidade da economia ou problemas técnicos irreparáveis em seus ativos pode levar um empreendimento a passar por sérias consequências financeiras.
Outro aspecto importante a ser considerado é saber gastar, comprar o mais barato nem sempre é o mais econômico. O mais econômico é comprar o melhor, o mais adequado pelo melhor preço e condições de pagamento
Economizar por si só, pode não ser suficiente para garantir a saúde financeira do Condomínio. O problema é que grande parte dos Síndicos economizam naquilo que chamo de imediatismo e acabam gastando muito dinheiro em eventos futuros, deixando passar desapercebido a arte de poupar, montar uma boa reserva técnica para o Condomínio.
Um exemplo clássico é deixar de fazer manutenções preventivas em ativos de relativa importância para o Condomínio e de repente se depara com a quebra parcial ou total daquele equipamento e acabam gastando muitas vezes mais que o valor mensal de um bom contrato de manutenção preventiva daquele bem. Dessa forma, todo o empenho no corte de gastos acaba saindo pelo ralo.
Dessa forma, grande parte dos Condomínios perdem uma excelente oportunidade de montar um bom Fundo de Reserva e muitas das vezes sem a necessidade do pagamento dos famosos 5% da arrecadação ordinária.
Condomínios, que contam com funcionários, uma forma simples de poupar é ter uma conta separada para guardar as provisões de férias e de décimo terceiro salário, por exemplo.
Na medida que as finanças ficam menos apertadas, o ideal é rever todos os excedentes do caixa, para evitar que esse dinheiro seja usado com gastos desnecessários e, por exemplo, rever a Previsão Orçamentária. Não necessariamente para “baixar” a cota condominial, mas para definir melhores investimentos para o Condomínio e com isso deixá-lo preparado para quaisquer eventos futuros que lhe sejam desfavoráveis.
Para um Condomínio, investir pode ser bem mais simples. Por exemplo, usar uma parte do dinheiro para investir em tecnologias que facilitem o trabalho e garantam mais segurança é uma das maneiras de aplicar suas economias. Muitas vezes, o retorno pode ser até maior do que as taxas oferecidas pelo mercado financeiro.
Agora que você já entendeu a importância de se ter uma boa gestão financeira e não necessariamente no imediatismo ou sem gastar dinheiro, fica mais fácil de entender que um Condomínio precisa, efetivamente, ser administrado de forma profissional, com visão de curto, médio e principalmente longo prazo.
Imagina falar em arrecadações de médio e longo prazo em um Condomínio – crise na certa. Aí chega o momento inadiável de ser feita uma reforma geral na fachada. Bom, aqui podemos admitir que estamos falando em algo em torno de R$400.000,00, dependendo das características do empreendimento.
Cenário 1 | em uma visão de longo prazo – o condomínio se prepara para arcar com essa despesa futura e faz um provisionamento com 5 anos de antecedência. Admitindo um condomínio com 36 unidades, caberia a cada uma o pagamento de uma provisão mensal de R$187,00. E chegado o momento da reforma o único incomodo que esses condôminos vão ter é a obra propriamente dita, porque o dinheiro para arcar com a despesa já está poupado e indo muito bem.
Cenário 2 | em uma visão de curto prazo – o condomínio não admiti pensar num prazo não superior ao da previsão orçamentária clássica, ou seja 01 ano, e muito menos está disposto e gastar nada que não seja para o pagamento das despesas previstas para aquele ano. Admitindo o mesmo condomínio com 36 unidades, caberia a cada uma o pagamento de uma prestação mensal de R$926,00, admitindo-se uma boa negociação com parcelamento de 12 meses, sem juros, para pagar aqueles R$400.000,00. E chegado o momento da reforma além do incomodo que esses condôminos vão ter com a obra, propriamente dita, ainda terão que desembolsar uma quantia 4,95 vezes maior que a do cenário 1.
Claro que a arte de economizar vai além de simplesmente reter numerário, mas se traduz na forma de administrar o empreendimento como um todo e tirar dele tudo que puder de melhor. Para isso é preciso pensar nele como um todo, em cada peça, cada ativo e em como explorar isso da forma mais eficiente e eficaz:
- Tenha sempre uma visão de futuro: economizar em boas fases é indispensável para suportar fases turbulentas. Essa visão preventiva faz toda a diferença para tornar o Condomínio estável, sem grandes variações na sua fonte de receita | a cota condominial;
- Faça cortes inteligentes: não comece por cortar todo tipo de gasto possível que vem pela frente. Pense sempre que manter seus ativos em ordem pode resultar numa grande economia, para o Condomínio, a médio e principalmente a longo prazo;
- Tenha controle das contas: esse é um pré-requisito mínimo para qualquer gestor ter um bom plano de organização financeira | saber de onde vem cada centavo que entra, e para onde vai cada centavo que sai – visão indispensável de um bom gestor.
É diante dessa realidade que os condomínios vivem, que a contratação de um Síndico Profissional pode ser, também uma forma de economizar.
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